Alexandre Camillo explica projeto de fomento ao seguro
As principais diretrizes da gestão do economista Alexandre Camillo, titular no comando da Superintendência de Seguros Privados (Susep), foram apresentadas em entrevista à Revista de Seguros, publicada pela CNseg. Com mais de 40 anos de atuação no mercado, o novo Superintendente detalha seu projeto de instituir uma política de fomento ao seguro, ratifica seu apoio à modernização do marco regulatório, comenta as ações de sustentabilidade setorial, além do desafio de ampliar a taxa de penetração do seguro no País.
As matérias da publicação destacam a ampla diversidade de soluções para os seguros, como a consolidação da economia digital, listando seus extraordinários impactos no dia a dia de diversos negócios e sobre o comportamento dos consumidores. Acompanhando a popularização das plataformas de streaming, o setor automotivo incorpora a seu modelo de negócio a assinatura de carros, antes restrito às locadoras. O resultado disso são ganhos adicionais de toda a cadeia automotiva, beneficiando também os seguros.
Da mesma forma, a Revista de Seguros destaca que a presença crescente das imobiliárias virtuais abre novos negócios para o Seguro de Fiança e os Títulos de Capitalização, vencendo antigas resistência aos produtos de caução, sobretudo com mudanças nas normas que agilizaram a contratação das duas modalidades.
A tecnologia também impulsiona a fase de maturidade e inovação dos negócios sociais. Da criação de uma “bolsa de valores” que negocia apenas ações de empresas de favelas, passando por fintechs dedicadas à inclusão bancária de negros ou à capacitação tecnológica de egressos do sistema prisional, até ifood e empresa de logística com sede em comunidades, são diversos os exemplos da contribuição da tecnologia à criatividade e à abrangência dos negócios sociais, que, de quebra, podem representar novas oportunidades para diferentes ramos e modalidades de seguros.
Outra matéria constata que o chamado “marketplace”, lugar de encontro entre as várias partes que interagem para a entrega dos seguros, se fortalece como canal online de venda no dia a dia de seguradoras e corretoras, em sintonia com a transformação tecnológica no setor. Ao apresentar-se como vitrine para a exposição de produtos de seguro, previdência e capitalização de várias companhias, o marketplace ajuda a escolha da solução mais adequada à necessidade de cada consumidor.
A conjuntura setorial é tema de outra matéria, que reúne diagnósticos de 2021 e prognósticos de lideranças nacionais e regionais do setor segurador para 2022. A expansão em cenário caracterizado por um ambiente econômico ainda incerto exige que a governança e a gestão de riscos sejam prioridades estratégicas das empresas, concordam os líderes.
A adesão crescente aos preceitos ASG (ambientais, sociais e de governança) é enfocada com destaque, com empresas brasileiras identificando diferenciais competitivos e geração de novos negócios a partir dessa subscrição. O potencial do investimento verde no Brasil é estimado hoje em US$ 1,3 trilhão, considerando apenas os setores de energia, transporte, edificações, gestão de resíduos e eficiência energética industrial, informa a reportagem.
Segundo estudos da Brazil Green Finance Programme, o volume de captação global de recursos no País pode chegar a R$ 3,6 trilhões até 2040. Ao mesmo tempo, as questões ASG podem afunilar os recursos necessários aos negócios que coloquem em risco o meio ambiente.
Faz parte do jogo para conter efeitos catastróficos das mudanças climáticas.