Consumo volta a crescer e confiança do mercado volta ao nível pré-pandemia
O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian registrou alta de 1,6% em maio de 2021 no comparativo com o mês anterior. De acordo com esse índice, o setor de Materiais de Construção apresenta destaque após duas quedas seguidas, com aumento de 4,8%. Todos os segmentos cresceram no mês a mês, exceto o de Combustíveis e Lubrificantes, que teve a maior baixa do ano, com 6,8%.
De acordo com o economista da empresa, Luiz Rabi, o relaxamento das medidas de distanciamento social diante da pandemia influenciaram o crescimento do indicador. “As restrições de funcionamento impostas aos comércios físicos entre os meses de março e abril foram amenizadas a partir do início de maio, sendo assim, a presença mais ativa dessas empresas possibilitou um maior nível de consumo e uma leve aceleração das vendas”.
Outro estudo, dessa vez da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que brasileiros voltaram a mostrar disposição para consumir, ainda que de forma tímida. Após duas quedas seguidas, o indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado pela entidade, subiu 2,1% em junho, variação após considerar o ajuste sazonal. O indicador ficou em 67,5 pontos, ainda o menor nível desde agosto de 2020. Apesar da melhora, trata-se do pior junho da série histórica (2010) e houve retração de 2,6% em relação ao mesmo período de 2020.
“Esse é mais um indicador capturado pela Confederação que mostra como a população não pode e não quer deixar de consumir. Em junho, tivemos uma data importante para o varejo e o setor de serviços, que é o Dia dos Namorados, que este ano voltou a ficar aquecida mesmo com a circulação afetada. Acreditamos que, com o avanço da vacinação no País, a gente possa chegar a um cenário muito mais próspero no fim do ano”, pontua o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
No mercado se seguros, o otimismo volta a se apresentar, conforme revela a edição mais recente do Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS), calculado com base em pesquisa realizada pela Fenacor. O Relatório aponta que o mercado está otimista e, mais que isso, começa a voltar ao nível pré-pandemia.
Em maio, o ICSS ficou em 123,0, maior marca alcançada no ano e bem acima daquela apurada em abril: 114,3.
O ICSS é o resultado de três variáveis: ICES (Índice de Confiança e Expectativas das Seguradoras), ICER (Índice de Confiança e Expectativas das Resseguradoras) e ICGC (Índice de Confiança das Grandes Corretoras).
Nesta edição, os mais otimistas são os seguradores. Prova disso é que nenhum dos executivos de seguradoras ouvidos projetou queda do faturamento do setor nos próximos seis meses.
Para 64%, a receita será “melhor” e outros 4% acreditam em um cenário “muito melhor”, enquanto os 32% restantes indicaram que não deve haver mudanças no quadro atual.
Já entre os profissionais que comandam empresas corretoras de seguros, o otimismo também prevalece, mas a metade dos entrevistados (50%) acredita que o faturamento permanecerá o mesmo no segundo semestre. Contudo, para 36%, o cenário será “melhor” nos próximos meses, havendo ainda um percentual de 5% que vê motivos para um avanço “muito melhor” da arrecadação nos negócios do setor. Apenas 9% ainda temem queda da receita do setor.
Quanto à rentabilidade do mercado, chega a 68% o percentual de corretores que projetam a estabilidade nos próximos meses, enquanto 27% acreditam que o cenário ficará “melhor” e 5% enxergam ainda o risco de redução.